Merab Dvalishvili pode não ter provado que sua altercação com um fã no UFC 310 foi algum tipo de armação elaborada encenada por seu próximo oponente, Umar Nurmagomedov, mas Matt Brown está de costas quando se trata do incidente real que se desenrolou.
Um vídeo apareceu na noite de sábado mostrando Dvalishvili sendo afastado pelos seguranças depois de entrar em algum tipo de briga com um fã no meio da multidão, que acabou trocando socos com o lutador do UFC Dennis Buzukja antes de ser aparentemente escoltado para fora da arena. Dvalishvili finalmente postou seu próprio filme de Zapruder, que mostrava como todo o incidente começou com o fã realmente agarrando-o antes que o inferno começasse.
Brown passou por algo semelhante durante sua carreira no UFC, então ele simpatizou com a explosão de Dvalishvili porque argumenta que os fãs nunca deveriam tocar em um lutador profissional nessas situações.
“Eu ainda digo a esses fãs: mantenham-se calados, mano”, disse Brown no último episódio de The Fighter vs. O escritor. “Você não brinca com lutadores profissionais. A maioria de nós somos artistas marciais que são respeitosos e outras coisas, mas também somos seres humanos e vamos rasgar a porra da sua garganta. Não brinque conosco. É estúpido.
“Você não pode contratar um profissional. Se alguém me tocar, estou fodendo com ele.”
Brown contou sua própria briga ocorrida em 2016, quando viajou ao Brasil para lutar contra Demian Maia.
Embora o meio-médio aposentado admita que irritou a multidão ao exibi-los na pesagem, na verdade ele não foi fisicamente atrás de ninguém, mas tudo mudou quando ele estava caminhando para o octógono.
“Quando lutei com Demian Maia no Brasil, um fã agarrou meu chapéu”, revelou Brown. “Esse foi o primeiro e então levei um soco de um ou dois fãs depois e então um deles, eu dei um soco neles e provavelmente os nocauteei.
“Eles me afastaram tão rápido que não sei o que aconteceu, mas acertei um chute certeiro nele e terminei meu caminho para a jaula. No caminho para a jaula. Eu dei um soco na cara dele.
Brown diz que quando chegou aos bastidores após a luta, os dirigentes do UFC abordaram a situação, mas não o culparam pela briga porque os fãs conseguiram chegar muito perto dos lutadores enquanto eles caminhavam para dentro e para fora da jaula.
Após sua própria situação, Brown lembra que o UFC realmente mudou a forma como as paralisações funcionavam para que os lutadores não fossem tão facilmente abordados pelos fãs, o que, esperançosamente, reduziria novos incidentes como o que ele teve no Brasil.
“Lembro que Dana (White) mudou as coisas depois disso”, disse Brown. “Não sei exatamente quais foram as mudanças, mas basicamente estou falando sobre separar um pouco mais os torcedores, principalmente no Brasil, talvez ter um pouco mais de segurança quando os caras estão saindo. Eu estava bem ali, ao alcance do toque, e eles estavam me batendo e tirando meu chapéu.
“Não vou apenas sentar aqui e aceitar isso, além disso, estou completamente entusiasmado, pronto para entrar em uma briga. Você é atingido, é uma reação natural – você revida.
Embora Brown admita que até mesmo o abuso verbal pode levar a uma reação física, ele acredita que a maioria dos lutadores deveria ser capaz de evitar o agravamento dessa situação, embora cada encontro mereça sua própria reação.
Mas ele diz que em hipótese alguma deve acontecer contato físico e, quando isso acontece, os torcedores culpados de agarrar um lutador não podem se surpreender com o que acontece a seguir.
“Não há mais nada a dizer sobre isso. Se você me tocar, estou fodendo com você”, disse Brown. “Tenho certeza que todos os outros lutadores sentem exatamente o mesmo. Deveríamos ser capazes de lidar com pessoas dizendo merda, mas eu também entendo isso perfeitamente. Ficamos cansados de ouvir as pessoas dizerem merda.
“Em algum momento é como se eu tivesse que te mostrar que posso te foder? Porque eu vou.”
Brown acredita que alguns fãs ficaram um pouco confortáveis em dizer o que querem, sem medo de represálias, e isso só agravou alguns desses incidentes.
Ele sabe por experiência própria que algumas dessas altercações são um barril de pólvora esperando para explodir e ninguém deveria ficar tão surpreso se um lutador profissional entrar em erupção naquele momento.
“Muitos desses (fãs) pressionam essa linha até o fim”, disse Brown. “Quando você está irritando um cara, você merece levar um chute na bunda. A única razão pela qual não o fazemos é por causa da segurança ou das repercussões, não porque você não merece. É por causa das repercussões. Essa é a única razão.”
