Dana White revela o quanto a pandemia de COVID beneficiou os negócios do UFC

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A pandemia da COVID-19 paralisou muitas empresas, com muitas cadeias de cinemas temendo a falência e restaurantes em todo o mundo fechando e nunca mais abrindo novamente. Mas acontece que a pandemia pode ser o maior fator do recente sucesso do UFC.

Nos últimos anos, o UFC obteve enormes ganhos financeiros, com receitas disparando ano após ano. Embora os direitos de mídia, como o acordo do UFC com a ESPN, ainda sejam o maior fator quando se trata de ganhos financeiros gerais, a promoção viu uma enorme explosão nas vendas gerais de ingressos e acordos de patrocínio, diferente de tudo que já foi visto antes.

Embora existam vários fatores que influenciaram o sucesso do UFC, a pandemia global pode ter sido a maior razão pela qual a promoção é maior e mais popular do que nunca.

“Passar pelo COVID definitivamente não nos machucou”, disse o CEO do UFC, Dana White Bloomberg recentemente. “Não havia esportes na TV, exceto nós.

“Lutas que deveriam ter feito 300 mil compras estavam fazendo um milhão. Nossa base de fãs cresceu cerca de 68% durante o COVID.”

Um surto de crescimento de 68% é irreal, especialmente considerando que o UFC já vinha fazendo grandes negócios com eventos ao vivo e pay-per-view muito antes da pandemia global.

Talvez a maior diferença agora seja que o UFC manteve a base de fãs conquistada naquele período e só continuou a crescer desde então.

Na noite de sábado, o UFC 309 no Madison Square Garden, em Nova York, produziu um live gate de mais de US$ 16 milhões, o segundo maior para a promoção no local, atrás apenas do card de estreia com Conor McGregor na luta principal de 2016 ( US$ 17,7 milhões).

Um cartão recente em Edmonton esgotou com mais de 16.000 fãs presentes com um portão ao vivo de mais de US$ 2,6 milhões.

Em janeiro, o UFC viaja para o novo Intuit Dome, nos arredores de Los Angeles, para o primeiro evento pay-per-view na arena de última geração que abriga o Los Angeles Clippers da NBA. Viajar também continuou a valer a pena para o UFC, com eventos planejados em locais como Arábia Saudita e Sydney, na Austrália, apenas nos primeiros dois meses de 2025.

Somente o evento na Arábia Saudita produzirá um enorme ganho financeiro graças às taxas de local pagas pelo governo para trazer o UFC ao país do Oriente Médio. O evento anterior do UFC na Arábia Saudita custou US$ 20 milhões e o próximo pode crescer ainda mais.

O próximo grande momento na história do UFC ocorre em 2025, quando a promoção começa a negociar um novo acordo de TV que pode mudar completamente o jogo em comparação com o contrato atual com a ESPN, avaliado em US$ 1,5 bilhão em cinco anos. Muitos analistas acreditam que o novo acordo de transmissão do UFC irá esmagar as finanças atualmente vinculadas à exclusividade com a ESPN e parece que jogadores como Amazon, Netflix e muitos outros entrarão na guerra de licitações.

Ou seja, o UFC não vai desacelerar tão cedo.

Silvio Peres

Analista esportivo, editor-chefe do MMABRASIL.COM.BR
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