Viviane Araujo enfrentou alguns dos melhores que existem na categoria peso mosca do UFC, de contendores a prospectos, e mais uma vez enfrenta uma novata em ascensão.
A poucos dias de completar 38 anos, Araujo enfrenta Karine Silva no UFC 309, na noite de sábado, em Nova York, em busca de mandar uma mensagem para a categoria.
Araujo venceu seis das 11 lutas desde que ingressou na promoção em 2019, derrotando nomes como Jennifer Maia, Roxanne Modafferi e Alexis Davis, mas tropeçando – mas nunca finalizando – na frente da futura campeã Alexa Grasso e das jovens promessas Natalia Silva e Amanda Ribas.
Enfrentando a quarta adversária brasileira consecutiva, sinal de que “as brasileiras estão indo bem no MMA”, Araujo vê “grande potencial” em “Killer” Silva, de 30 anos. No UFC 309, porém, ela quer garantir que o fator experiência seja demais para o talento do time Gile Ribeiro.
“Não é tão simples assim”, riu Araujo durante entrevista ao MMA Fighting. “Já estava entre os 10 primeiros depois de estrear no UFC em 2019, e ainda estou aqui, e há um motivo para isso. Estou fazendo meu trabalho e não estou brincando. Eu não escolho adversários, e eles estão trazendo garotas cada vez mais duronas de alto nível. Continuo provando que mereço estar aqui.
“Meu objetivo é continuar subindo e não deixar essas meninas chegarem aqui. Meu objetivo é lutar pelo cinturão e chegar ao topo. Vou lutar com uma garota que está sensacionalista e mostrar meu potencial, mostrar que não é tão simples assim. Estou pronto para subir mais um degrau também.”
As últimas 10 lutas de Araujo no UFC terminaram por decisão, sendo a única finalização uma vitória de última hora no peso galo sobre Talita Bernardo, e ela perde uma noite mais curta na jaula.
“Treinamos para dar show para os fãs de MMA”, disse Araujo. “Sabemos que os fãs enlouquecem quando uma luta termina por nocaute ou finalização, então estamos sempre buscando isso. Estou treinando para não deixar nas mãos dos jurados porque alguém comete erros. Meu objetivo é sentir aquela emoção novamente, o nocaute ou a finalização”.
“Tenho assistido e estudado muito as lutas dela, ela está subindo na categoria e tem muitas armas, então temos que ficar atentos”, continuou ela. “Já vi algumas lacunas nas lutas dela, então sei que vai ser uma luta interessante para os fãs. Eu espero qualquer coisa, e ela também pode. Sou faixa preta de jiu-jitsu então não sei se ela quer ir para o chão comigo. Nunca fui finalizado em minha carreira. Eu sei que ela tem armas para me defender ou lutar comigo, mas estou pronto para tudo isso.”